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Saúde corporativa: como incentivar a prevenção de doenças nas empresas

Saúde corporativa: como incentivar a prevenção de doenças nas empresas

Por isso, não basta oferecer um plano de saúde ou odontológico. Uma boa estratégia de saúde corporativa deve incentivar a realização de exames preventivos e promover a adoção de hábitos saudáveis, buscando reduzir a incidência de doenças crônicas entre os colaboradores.

As empresas precisam aprender a utilizar o plano de saúde de modo preventivo, otimizando a aplicação de recursos na saúde corporativa por meio de uma redução na sinistralidade (total de gastos com o plano).

Destacamos a seguir algumas medidas que podem contribuir na adoção de uma política de saúde mais eficiente nas empresas.

Traçar o perfil epidemiológico dos colaboradores

Quando se trabalha com a saúde de uma população específica (no caso, os funcionários de uma empresa) é preciso antes de tudo traçar um perfil epidemiológico dessa população.

Aplicar questionários de saúde on-line (ou mesmo impressos) pode ser uma maneira simples de mapear o perfil de saúde dos colaboradores e, a partir daí, implantar ações direcionadas às suas necessidades específicas.

Utilizar os dados de saúde ocupacional

No processo de levantar informações para o perfil epidemiológico, uma boa prática é aproveitar as informações obtidas nos exames de admissão e em outros exames periódicos de saúde ocupacional.

O gestor pode aproveitar essas oportunidades para coletar informações sobre o estilo de vida dos colaboradores e identificar alguns fatores de risco, além de saber se o colaborador faz o acompanhamento de alguma doença já instalada.

Ao integrar esse tipo de informação com o uso do plano, as empresas podem construir uma base de dados muito útil para uma gestão mais estratégica da saúde corporativa.

Investir em programas de prevenção

Outra estratégia fundamental para manter a saúde entre os colaboradores é promover campanhas preventivas periódicas. Os temas a serem abordados nessas ações devem ser escolhidos segundo as necessidades identificadas no levantamento do perfil epidemiológico.

Depois de definir um tema, é preciso produzir os materiais educativos e divulgá-los entre os funcionários. Isso inclui distribuir panfletos, cartazes, flyers e também materiais digitais como e-mails, mensagens de WhatsApp e postagens em redes sociais.

Um programa de prevenção também deve envolver palestras com especialistas em saúde, realizadas em horário de expediente, para orientar os colaboradores em relação a boas práticas para a prevenção de doenças e a manutenção da qualidade de vida.

Uma vez ao ano, a empresa pode promover uma Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), uma excelente ferramenta para reduzir intercorrências ocupacionais que podem trazer grandes prejuízos à saúde corporativa.

Fazer uma análise ergonômica

Ter um ambiente “ergonomicamente correto” na empresa é fundamental para oferecer um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, contribuindo para o bem-estar do trabalhador e para o melhor desempenho das suas funções.

Para saber o que deve ser melhorado nesse sentido recomenda-se fazer uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET), que prevê as condições ideais para os funcionários.

Essa avaliação inclui aspectos envolvendo o mobiliário da empresa, as condições de transporte de carga, a organização do trabalho, a qualidade dos equipamentos, o nível de ruído, a qualidade da iluminação e o conforto térmico do ambiente.

Promover a ginástica laboral

Organizar sessões de ginástica laboral durante intervalos no horário de trabalho contribui para evitar lesões e outras doenças ocupacionais. A cada sessão são feitos exercícios de alongamento, relaxamento, coordenação motora e fortalecimento muscular.

O principal objetivo da ginástica laboral é evitar casos de Lesão por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), principais causas de afastamento entre os trabalhadores brasileiros.

Além disso, fazer alongamentos nos intervalos das jornadas de trabalho diminui o estresse e alivia tensões, aumentando a produtividade do colaborador.

Lembre-se de que as aulas devem ser oferecidas e supervisionadas por um profissional da saúde especializado em ginástica laboral.

Incentivar a mudança de hábitos

Um dos pilares de uma boa estratégia de medicina preventiva em ambiente corporativo é o incentivo à adoção de hábitos saudáveis entre os colaboradores.

Ações nesse sentido podem se dar em diversas frentes, que mais uma vez devem priorizadas de acordo com as necessidades de saúde apontadas no perfil epidemiológico da empresa.

Veja quais são elas:

Combate ao tabagismo

Como o cigarro provoca diversas doenças graves, a exemplo do câncer, implantar programas de combate ao tabagismo nas empresas tem influência na qualidade de vida dos colaboradores. Além disso, o funcionário fará menos pausas para fumar, trabalhando mais e melhor.

Alimentação saudável

Os programas nutricionais são peças-chave para a prevenção das principais doenças crônicas. Por isso, certifique-se de que a reeducação alimentar está entre as prioridades das suas campanhas de conscientização para o público interno.

Para incentivar a alimentação saudável, as empresas que tiverem condições podem oferecer frutas aos colaboradores como lanche da tarde. Ao evitar o consumo de bolachas recheadas e refrigerantes nesses momentos, isso contribui para melhorar a saúde corporativa.

Atividade física

Incentivar a prática de atividades físicas é outra forma de promover a saúde corporativa. Para tanto, a companhia pode organizar maratonas ou competições amigáveis entre os funcionários, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida de cada um deles também fora do ambiente organizacional.

Além disso, ações do tipo promovem uma maior interação entre os colegas de trabalho e têm tudo para melhorar o relacionamento entre eles!
Investir em tecnologia

Para poder realizar com eficiência as ações sugeridas neste artigo, o gestor de saúde corporativa vai precisar de ferramentas que lhe permitam trabalhar com informação estatística e adotar modelos mais consistentes para seus programas de prevenção .

Todos os processos citados aqui obtêm seu melhor desempenho suportados por soluções de tecnologia. Ao utilizar dados históricos e algoritmos especializados, é possível avaliar curvas de risco na saúde dos colaboradores.

Fonte: Previva

Insatisfação no trabalho e o prejuízo do absenteísmo

Insatisfação no trabalho e o prejuízo do absenteísmo

Salário bom é o suficiente para reter um talento e evitar o absenteísmo ou até demissão?

Aline acordou naquela segunda-feira com certo descontentamento um tanto anormal. O final de semana trouxera um alento para o ritmo acelerado que estava tendo no serviço do escritório com tantos prazos e metas para alcançar. No entanto, Aline não se sentia descansada, nem sequer animada. O que estava acontecendo?

Ao sentar-se em sua cadeira e ligar o seu computador já no escritório, onde passaria as tradicionais 8 horas de serviço, a profissional percebeu que conseguia fazer previsões. Explico: Aline sabia o que aconteceria até o final do dia. Melhor, sabia como seria o amanhã, o depois do amanhã. Aline sabia como seria sua semana. Não havia novidades, não havia perspectiva. Apenas trabalho.

Sendo a número um de sua equipe, a profissional havia ganhado uma bonificação. Todavia, não havia o que comemorar, seus colegas de escritório nem sequer a consideravam uma colega, mas sim uma ameaça. Aos poucos, um ambiente tóxico se formava.

A infraestrutura da empresa era “ok”. Foi feita para quem estivesse ali por algumas horas. Tinha o básico e nada mais. É como se o recado fosse dado: “você não está aqui para ser feliz, apenas trabalhe”. Não fazia sentido.

Aline ouvira de uma amiga próxima que existiam empresas melhores, com ambientes que apoiavam a convivência entre os funcionários; que os banheiros eram equipados com ferramentas que não somente pensavam no básico da higiene, mas sim no bem-estar e saúde do funcionário; além de oferecerem uma cultura organizacional que não vislumbrava lucros pela competitividade e conflitos entre os empregados, mas sim com a colaboração entre eles. Porém, o salário era menor que o recebido por Aline.

Mas e o seu valor? O valor do seu tempo ali? Aline estava alimentando uma organização que não tinha propósito e muito menos oferecia objetivos pessoais aos seus funcionários. Uma empresa que não oferecia nem bem-estar. Valia a pena mesmo aquele salário? No dia seguinte, Aline faltou ao serviço. E foi assim por cerca dos 30 dias seguintes, com a excelente funcionária, faltando e faltando até, finalmente, ser demitida.

Absenteísmo: prejuízo para a empresa

Absenteísmo e a queda na produtividade são variáveis diretamente relacionadas. A conclusão é do estudo Gallup-Healthways Well-Being Index, baseado em entrevistas de 94.000 trabalhadores norte-americanos em 14 ocupações distintas. O objetivo era entender quanto as empresas perdiam por conta de faltas e atrasos em suas equipes.

O estudo apurou quantos dólares a queda na produtividade causada pelo absenteísmo custava aos variados setores nos quais trabalhavam os empregados abordados

Ou seja, o absenteísmo gerou um prejuízo total de U$ 84 bilhões de dólares à economia americana no período estudado.

Divulgado na publicação The Bottom-Line Killer, outro estudo, dessa vez conduzido pela empresa Circadian constatou que o absenteísmo onera o empregador em U$ 2.650/ano para cada empregado assalariado.

O prejuízo é a soma dos gastos como salário pago ao trabalhador ausente, custo de substituição de mão-de-obra e custos administrativos para gerenciar o absenteísmo.

Outras consequências do absenteísmo vão além dos custos diretos, como o descontentamento por parte de funcionários que precisam cobrir o empregado ausente e a redução na qualidade do serviço devido ao desguarnecimento.

Apostar em bem-estar é o caminho certo

Não se trata de gasto, mas sim de investimento! Como na história ficcional narrada, mas que é comum a todos, muitos gestores entendem o investimento na qualidade de vida dos funcionários como só mais um gasto. Contudo, é valorizando o capital humano que se consegue melhores resultados. Sempre.

Seja no ambiente de trabalho ou na vida particular, a qualidade de vida de um profissional permite uma rotina mais saudável, com menos doenças, menos estresse e mais disposição para suas atividades. Isso se reflete nos lucros da empresa.

Uma empresa que promove ações voltadas para o bem-estar, incentivando a prática de esportes, a busca pela cultura e lazer, a escolha por uma alimentação saudável, entre outras, torna-se um local que o profissional terá prazer em trabalhar, vislumbrando um propósito que vai além do salário oferecido. Por que um funcionário deixaria na mão uma empresa que incentiva sua felicidade e bem-estar?

Fonte: Wesco