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O professor Érisson Ramalho responde ao que a maioria das pessoas nos dias atuais alegam não terem tempo para fazer uma atividade física

P: Não tenho muito tempo para fazer exercícios, mas quero perder uns quilinhos e entrar em forma. O que posso fazer?

R: Primeiramente não acredito que alguém não consiga achar um tempinho para se exercitar.Ainda sonho com o dia que um aluno vai chegar e reformular essa pergunta ” Érisson, estou com tempo livre ultimamente, quero me dedicar em ir a academia todos os dias. O que eu deveria fazer enquanto estou lá?”.
Mas é sempre o oposto: a maioria das pessoas tem uma vida superocupada e corrida, e todos acham que não têm tempo para fazer nada novo. Só que na realidade isso não e verdade por mais que muita gente goste de pensar que é ocupada demais o que falta mesmo é um planejamento do seu tempo e ação.
Muitas pessoas que tiveram sucesso na transformação do seu corpo têm somente 24 horas assim como você e eu, e acreditem também trabalham para sustentar sua família, levam uma vida social, têm família e muitas outras atividades para realizar.Mas o diferencial é que planejaram o dia e acharam um jeito de se exercitar de 30-45 minutos, decidiram assistir menos à TV,ficam menos tempo em redes sociais, acordam 1 hora mais cedo. se ainda assim disser que não tem uma academia perto da sua casa,ou um lugar público adequado e com segurança, poupe um pouco mais e compre uma esteira e alguns materiais alternativos, mas antes faça uma consulta com um profissional de educação física assim como vai numa consulta médica quando está doente, pois não existe uma receitinha de bolo onde eu faço o mesmo que meu amigo.
É possível realizar um excelente programa de treinamento com duração de 30-45 minutos, e claro juntamente com uma reeducação alimentar pois a alimentação corresponde em até 70% do resultado final.
“SE É RUIM ACHAR UM TEMPO PARA SUA SAÚDE, EXPERIMENTE ACHAR UM TEMPO PARA EXAMES E MEDICAÇÃO”.

Os benefícios do exercício físico no combate à depressão

A depressão é considerada um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.

Entre as principais características do distúrbio estão a perda de peso, o sentimento de culpa, a ideação suicida, a hipocondria, a queixa frequente de dores e, eventualmente, a psicose. Esses sintomas são mais acentuados nos deprimidos idosos do que nos jovens, o que contribui para um declínio cognitivo e do condicionamento cardiorrespiratório.

Em um estudo longitudinal (Hollenberg et al 2003) com idosos (média de 67 anos) evidenciou-se que a presença de depressão está relacionada com os baixos níveis de condicionamento físico, mais precisamente com o consumo direto de oxigênio. Portanto, a depressão não seria a causa da diminuição do estado geral de aptidão física? Todavia, a afirmação que a prática de exercícios físicos é capaz de atenuar os sintomas da depressão ainda não está bem clara, mas é provável que seja uma explicação multifatorial.

O exercício físico tem um papel preponderante para o desenvolvimento da neurogênese no hipocampo através da potencialização de longa duração e do neurotrófico derivado do cérebro, do mesmo modo que agem os antidepressivos. A hipótese mais encontrada na literatura médica é um aumento de monoaminas, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.

Durante os exercícios aeróbios, os níveis de prolactina estão elevados, refletindo um aumento central da serotonina. Desta forma, a serotonina pode atenuar a formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as respostas a eventos ameaçadores relacionados aos sintomas da depressão.

Outra droga também associada ao exercício físico é a síntese de dopamina que está ligada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional.

No que se refere às prescrições de exercícios físicos, os mais indicados para depressão são os exercícios aeróbios (60 a 80% da Freqüência cardíaca máxima do indivíduo), segundo a pesquisa Meyer & Boocks do ano 2000. Recomenda-se que o paciente pratique de três a cinco vezes por semana, em sessões de 45 a 60 minutos. Afirma-se que as atividades longas e menos intensas são preferíveis, pois interrompem com maior eficácia os pensamentos negativos.

Os estudos sugerem que os pacientes depressivos devem sentir melhoras dos sintomas por volta de quatro semanas após o início dos exercícios, mas recomenda-se que os exercícios sejam mantidos por pelo menos 10 a 12 semanas, para obter melhores resultados. Contudo, mesmo que o paciente não consiga a frequência ou intensidade de exercícios recomendados, a atividade ainda pode ser benéfica.

O assunto nos leva a uma reflexão sobre a importância do exercício físico como um aliado no combate aos problemas gerados pela depressão, que vai muito além de um simples ganho de massa muscular e emagrecimento.
(http://www.educacaofisica.com.br/)