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Insatisfação no trabalho e o prejuízo do absenteísmo

Insatisfação no trabalho e o prejuízo do absenteísmo

Salário bom é o suficiente para reter um talento e evitar o absenteísmo ou até demissão?

Aline acordou naquela segunda-feira com certo descontentamento um tanto anormal. O final de semana trouxera um alento para o ritmo acelerado que estava tendo no serviço do escritório com tantos prazos e metas para alcançar. No entanto, Aline não se sentia descansada, nem sequer animada. O que estava acontecendo?

Ao sentar-se em sua cadeira e ligar o seu computador já no escritório, onde passaria as tradicionais 8 horas de serviço, a profissional percebeu que conseguia fazer previsões. Explico: Aline sabia o que aconteceria até o final do dia. Melhor, sabia como seria o amanhã, o depois do amanhã. Aline sabia como seria sua semana. Não havia novidades, não havia perspectiva. Apenas trabalho.

Sendo a número um de sua equipe, a profissional havia ganhado uma bonificação. Todavia, não havia o que comemorar, seus colegas de escritório nem sequer a consideravam uma colega, mas sim uma ameaça. Aos poucos, um ambiente tóxico se formava.

A infraestrutura da empresa era “ok”. Foi feita para quem estivesse ali por algumas horas. Tinha o básico e nada mais. É como se o recado fosse dado: “você não está aqui para ser feliz, apenas trabalhe”. Não fazia sentido.

Aline ouvira de uma amiga próxima que existiam empresas melhores, com ambientes que apoiavam a convivência entre os funcionários; que os banheiros eram equipados com ferramentas que não somente pensavam no básico da higiene, mas sim no bem-estar e saúde do funcionário; além de oferecerem uma cultura organizacional que não vislumbrava lucros pela competitividade e conflitos entre os empregados, mas sim com a colaboração entre eles. Porém, o salário era menor que o recebido por Aline.

Mas e o seu valor? O valor do seu tempo ali? Aline estava alimentando uma organização que não tinha propósito e muito menos oferecia objetivos pessoais aos seus funcionários. Uma empresa que não oferecia nem bem-estar. Valia a pena mesmo aquele salário? No dia seguinte, Aline faltou ao serviço. E foi assim por cerca dos 30 dias seguintes, com a excelente funcionária, faltando e faltando até, finalmente, ser demitida.

Absenteísmo: prejuízo para a empresa

Absenteísmo e a queda na produtividade são variáveis diretamente relacionadas. A conclusão é do estudo Gallup-Healthways Well-Being Index, baseado em entrevistas de 94.000 trabalhadores norte-americanos em 14 ocupações distintas. O objetivo era entender quanto as empresas perdiam por conta de faltas e atrasos em suas equipes.

O estudo apurou quantos dólares a queda na produtividade causada pelo absenteísmo custava aos variados setores nos quais trabalhavam os empregados abordados

Ou seja, o absenteísmo gerou um prejuízo total de U$ 84 bilhões de dólares à economia americana no período estudado.

Divulgado na publicação The Bottom-Line Killer, outro estudo, dessa vez conduzido pela empresa Circadian constatou que o absenteísmo onera o empregador em U$ 2.650/ano para cada empregado assalariado.

O prejuízo é a soma dos gastos como salário pago ao trabalhador ausente, custo de substituição de mão-de-obra e custos administrativos para gerenciar o absenteísmo.

Outras consequências do absenteísmo vão além dos custos diretos, como o descontentamento por parte de funcionários que precisam cobrir o empregado ausente e a redução na qualidade do serviço devido ao desguarnecimento.

Apostar em bem-estar é o caminho certo

Não se trata de gasto, mas sim de investimento! Como na história ficcional narrada, mas que é comum a todos, muitos gestores entendem o investimento na qualidade de vida dos funcionários como só mais um gasto. Contudo, é valorizando o capital humano que se consegue melhores resultados. Sempre.

Seja no ambiente de trabalho ou na vida particular, a qualidade de vida de um profissional permite uma rotina mais saudável, com menos doenças, menos estresse e mais disposição para suas atividades. Isso se reflete nos lucros da empresa.

Uma empresa que promove ações voltadas para o bem-estar, incentivando a prática de esportes, a busca pela cultura e lazer, a escolha por uma alimentação saudável, entre outras, torna-se um local que o profissional terá prazer em trabalhar, vislumbrando um propósito que vai além do salário oferecido. Por que um funcionário deixaria na mão uma empresa que incentiva sua felicidade e bem-estar?

Fonte: Wesco

Perfil de saúde do brasileiro revela diferenças entre quem tem e quem não tem plano de saúde

Perfil de saúde do brasileiro revela diferenças entre quem tem e quem não tem plano de saúde

Fonte: Previva

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) lançou recentemente um estudo sobre o perfil de saúde do brasileiro, analisando alguns indicadores com o objetivo de comparar duas parcelas da população: os beneficiários de planos de saúde e os não-beneficiários.

Com base na última edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2013, o documento publicado em janeiro de 2019 revela as diferenças nos hábitos alimentares, no estilo de vida, na incidência de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco entre esses dois públicos.

Com a publicação deste estudo, o IESS pretende nortear programas para a promoção de estilos de vida mais saudáveis nas operadoras de saúde.

Além disso, é uma forma de evitar erros em políticas de prevenção e promoção da saúde e de ajudar a reduzir a ocorrência de doenças, a mortalidade e a prevalência de fatores de risco.

Beneficiários têm hábitos mais saudáveis (mas não muito)

De maneira geral, o estudo do IESS demonstrou que as pessoas vinculadas a um plano de saúde possuem hábitos alimentares mais saudáveis e tendem a auto avaliar melhor sua saúde, em comparação com os não beneficiários.

No entanto, mais da metade da população nos dois grupos analisados apresentou alta prevalência de consumo de carne ou frango com excesso de gordura, leite integral, doces e sal.

Além disso, menos da metade da população pratica atividade física de forma regular!

Essa combinação de maus hábitos alimentares e falta de exercício físico está relacionada a frequências mais altas de doenças crônicas na população, o que está de acordo com a alta proporção de pessoas com sobrepeso e obesidade, por exemplo.

Maioria dos beneficiários é mulher e mora no Sudeste

Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, cerca de 56 milhões de brasileiros (27,9% da população) tinham um plano de saúde em 2013.

A maior proporção os beneficiários era do sexo feminino (53,5%), na faixa etária de 20 a 59 anos (60,1%), brancos (62,3%), casados (41,6%) e com curso superior incompleto (32,2%). Na data da pesquisa, a região Sudeste concentrava 55,7% dos usuários de planos de saúde no país.

Além disso, segundo dados da ANS e da Pnad Contínua Trimestral, sabe-se que em dezembro de 2013, 66% dos beneficiários médico-hospitalares estavam vinculados a planos coletivos empresariais (planos fornecidos pelas empresas para seus empregados).
Hábitos alimentares ainda deixam a desejar

No que se refere aos hábitos alimentares, o estudo constatou uma maior proporção de indivíduos ingerindo a quantidade diária recomendada de frutas e vegetais entre os beneficiários de planos de saúde.

Como parâmetro, considerou-se a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que sugere o consumo de 400 gramas diárias de frutas e hortaliças, o equivalente a, aproximadamente, cinco porções desses alimentos por dia.

Os usuários da saúde suplementar também afirmaram ter o hábito de comer carne ou frango com excesso de gordura em menor quantidade do que as pessoas sem plano de saúde.

Por outro lado, a proporção de beneficiários que consumiram doces de forma inadequada e declararam substituir refeições por sanduíches, salgados ou pizzas cinco ou mais vezes por semana é maior na comparação com os não-beneficiários.Diante desse quadro, investir em ações de reeducação alimentar deve ser uma prioridade cada vez mais importante para as operadoras de saúde.

Usuários de planos de saúde se exercitam mais

Quando se analisou o nível de atividade física entre os dois grupos nos últimos três meses, o percentual de pessoas que disseram praticar exercícios no tempo livre foi maior entre os beneficiários (30,9%) em relação aos não beneficiários (18,9%).

No extremo oposto, constatou-se que cerca de oito em cada dez pessoas sem planos de saúde não praticam atividades físicas com a frequência recomendada pela OMS. Entre os beneficiários de planos de saúde esse índice foi bem menor (69,2%), mas ainda é preocupante.

Verificou-se a prática de exercícios físicos como lazer (ou seja, não relacionada ao trabalho), observando a recomendação de 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada ou pelo menos 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa.

O estudo também avaliou a média de tempo que o brasileiro gasta diariamente diante da televisão, considerando como limite “saudável” um máximo de 3 horas diárias diante da telinha. O percentual de pessoas que afirmaram ultrapassar esse limite foi maior entre os não usuários (29,9%) do que entre os usuários de plano de saúde (26,8%).
Prevalência de fatores de risco para DCNT

De acordo com a análise do IESS, a prevalência de fumantes na população brasileira em 2013 era maior entre os não-beneficiários (16,8%) do que entre os beneficiários de planos de saúde (10,0%).

Ao avaliar o consumo mensal de bebida alcoólica, 75,4% dos que não possuem plano de saúde e 69,0% dos que possuem, responderam que não bebem ou bebem menos de uma vez por mês. Na análise oposta, verifica-se que a prevalência dos que consomem bebida alcoólica uma vez ou mais por mês é maior entre os beneficiários de planos de saúde (31,0%) e menor entre não beneficiários (24,6%).

A proporção de pessoas com colesterol alto foi um pouco maior entre os beneficiários de planos de saúde (15,5%) na comparação com os não beneficiários (11,3%). Na prevalência de hipertensão arterial e diabetes não houve diferenças significativas.

Mais de metade da população, tanto de beneficiários (56,4%) quanto de não beneficiários (52,4%), foi classificada com excesso de peso ou obesidade. A prevalência maior de sobrepeso foi registrada entre usuários de planos de saúde. Quanto aos índices de obesidade, não houve diferença significativa.
Percepção do estado de saúde

Segundo os organizadores do estudo, observou-se uma diferença significativa ao analisar a percepção do estado de saúde segundo a posse ou não de um plano de saúde.

Isso fica claro quando se nota que a percepção do próprio estado de saúde como muito boa e boa é proporcionalmente maior entre os beneficiários (77,7%) em comparação com os não beneficiários (61,1%).

Entre as pessoas com plano de saúde, 19,8% avaliou sua saúde como muito boa, 57,9% como boa, 19,3% como regular, 2,3% como ruim e 0,7% como muito ruim.

Já entre as pessoas que não possuem plano de saúde, 10,5% avaliou sua saúde como muito boa, 50,6% como boa, 31,9% como regular, 5,7% como ruim e 1,4% como muito ruim.