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Efeitos de um programa de ginástica laboral sobre

Este estudo propôs-se a avaliar os efeitos de um programa de ginástica laboral sobre a fadiga, uma das principais sintomatologias das LER/DORT. Os objetivos foram verificar quantitativamente a percepção de fadiga pré e pós a intervenção e comparar as fases pré e pós intervenção dos grupos experimental e controle em relação aos itens de fadiga. O instrumento utilizado foi o Questionário Bipolar de Fadiga (Couto, 1995). Os planos de aula tiveram duração de 15 minutos, compostos por exercícios de alongamento (40%), resistência muscular localizada (40%), relaxamento, técnicas de massagem e auto-massagem (10%) e dinâmicas de grupo (10%). Foram realizadas 120 aulas, 5 vezes por semana sendo aplicados 2 vezes por turno, durante 3 meses. A população alvo deste estudo foi composta por trabalhadores da indústria de confecção, com produção de artigo de roupa esporte, pertencentes a uma empresa de capital privado, localizada na cidade de Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. A amostra total foi de 61 sujeitos sendo 44 pertencentes ao grupo experimental 28,7±8,8 anos (18-61 anos) e 17 pertencentes ao grupo controle 27,8 ±7,4 anos (20-43 anos), escolhidos aleatoriamente, que preenchiam os critérios de inclusão. Os resultados encontrados demonstraram que pós- intervenção de PGL o grupo experimental apresentou redução nos níveis de fadiga sendo estatisticamente significativa para os itens: cansado, dor na cervical, dor nas costas, dor nos braços e dor na perna e um aumento estatisticamente significativo no item nervosismo. No grupo controle não houve redução em nenhum dos níveis que foram avaliados e sim um aumento estatisticamente significativo no item dor cervical. Portanto conclui-se que neste estudo o PGL exerceu influência positiva na redução de fadiga dos trabalhadores.

Fonte: 

 Msda. Cynara Cristina Domingues Alves Pereira*

Dr. Ramón Fabian Alonso López**

Ms. Valquíria Aparecida de Lima***

         

Efeitos de um programa de exercícios físicos no local de trabalho sobre a flexibilidade e percepção de dor musculoesquelética entre trabalhadores de escritório

Resumo Original
Este estudo foi concebido com o objetivo de avaliar os efeitos de um programa de exercícios no local de trabalho sobre a flexibilidade e a percepção de dor musculoesquelética entre trabalhadores de escritório, e sua relação com a freqüência semanal de participação. Quarenta e nove funcionários de escritório de uma empresa do setor farmacêutico localizada na cidade de São Paulo foram distribuídos randomicamente em três grupos, de acordo com o número semanal de sessões propostas: duas (RG2), três (RG3) e cinco (RG5) vezes por semana, respectivamente. O programa incluiu sessões de exercícios de 10 minutos compostas por alongamento, resistência muscular localizada, automassagem, massagem e técnicas de relaxamento, por um período de seis meses. Durante o período do programa também foram realizadas três palestras para os participantes com informações sobre exercícios no local de trabalho, atividade física e postura corporal. Para avaliar a flexibilidade de punhos e coluna cervical foi utilizado um inclinômetro de dupla escala e o teste do Terceiro Dedo ao Chão para avaliar a flexibilidade da coluna lombar. A versão curta do Inventário para Dor de Wisconsin foi utilizada para avaliar a percepção de dor musculoesquelética. As avaliações foram realizadas no início do programa (M0) e após três (M3) e seis meses (M6). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi aplicado para testar a normalidade das variáveis quantitativas. A ANOVA bifatorial com teste de Tukey foi utilizada como método de comparação múltipla para avaliar diferenças das distribuições normais. Estatísticas para o teste do Terceiro Dedo ao Chão e intensidade de dores corporais foram obtidas pela ANOVA de Friedman e teste de Wilcoxon, respectivamente. Após a análise dos dados verificouse que houve aumento significativo nos valores de flexibilidade de cervical e lombar e punhos para todos os grupos randomizados. O grupo RG5 apresentou a mais significante redução na intensidade de dor relatada. Este estudo demonstrou que a participação em um programa de bem estruturado de exercícios no local de trabalho pode contribuir para o aumento da flexibilidade e para a redução da intensidade de dores musculoesqueléticas.

Fonte: Lima, Valquíria Aparecida de