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O efeito do treinamento resistido na diminuição do percentual de gordura

INTRODUÇÃO: Um dos principais objetivos dos freqüentadores de academia é a redução dopercentual de gordura corporal (PGC), que sempre esteve ligado apenas aos exercícios aeróbios. Combase nessa pesquisa, verificou-se que exercícios anaeróbios também podem ser eficientes na reduçãodo PGC. OBJETIVO: O objetivo deste artigo foi verificar o efeito do treino resistido como meio dediminuir o PGC. METODOLOGIA: Tendo como material de pesquisa utilizados 12 indivíduos dosexo feminino com idade de 68,82 ± 8,12 anos, que utilizaram o trabalho resistido como metodologia(3 series de 15-20repetições, e 1-2 minutos de intervalo, por um período de 2 meses), visando comoparâmetros de avaliação diminuir o percentual de gordura corporal, mensurado por meio deadipômetro, por meio do protocolo proposto por Jackson & Pollock, (1977). RESULTADOS: Com osdados obtidos pode- se verificar que na sua grande maioria houve não houve uma redução significativano PGC, sendo o PGC pré – teste de 21,33 ± 2,126 e o pós – teste de 22,60 ± 3,25. CONCLUSÃO:Com base nos dados obtidos nos artigo podemos afirmar que o treino resistido deveria acompanhar umtreino aeróbio para diminuição do PGC em indivíduos fisicamente ativos. Palavras-Chave: Treino resistido. Redução da gordura corporal.—————————————————————————————————————————————-1 Profa. Msc. da Unieuro em Motricidade Humana 2 profissional em Educação Física pela UCB3 Mestrando em Educação Física pela UCB4 Prof. Dr. do programa Strictu-Sensu em Educação Física e Saúde pela UCB
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INTRODUÇÃO:Os principais objetivos dos freqüentadores de academia são: a perda de percentual de gordurae o ganho de massa muscular. E com relação à perda de percentual de gordura o treino aeróbio vemsendo largamente utilizado por anos, pelo fato da gordura ser o principal substrato desse tipo deatividade. Mas esse tipo de treino exige um grande tempo disponível do praticante, que por sua vezacaba tornando inviável uma sessão de treinamento composta pelo treino aeróbio junto com oanaeróbio, ou resistido. Impossibilitando o alcance dos objetivos almejados.Atualmente há uma linha de pesquisa na qual diz que a perda de gordura esta associada aogasto calórico total da atividade, e não apenas no substrato principal que ela utiliza, pois atividadesfísicas de maiores intensidades produzem gastos calóricos elevados, podendo ser mais eficientes naredução da gordura corporal, segundo Bryner et al., 1997 e Hunter et al. (1998 apud PULCINELLI eGENTIL, 2002). Sendo assim o treino resistido uma ótima opção, pois, há um aumento da massamuscular e um dispêndio energético alto em um curto período de tempo, podendo vir a ser o treinomais indicado para suprir as necessidades dos freqüentadores de academia, que são a diminuição dopercentual de gordura associado ao aumento da massa muscular.O treino de força, também conhecido como treino resistido, de acordo com Winetti eCarpinelli (2001 apud GUILHERME e SOUZA JÚNIOR., 2006) consiste em um método detreinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético contra alguma forma externa deresistência, que pode ser provida pelo corpo, pesos livres ou máquinas. Sendo praticado com ummenor volume e uma maior intensidade, em comparação ao treino aeróbio. Sua maior característica éser composto por exercícios acíclicos, podendo variar, em média, de 30 segundos a 5 minutos ointervalo entre os exercícios, e de 1 a 20 repetições por série de exercício, isso irá depender doobjetivo do treino. E a freqüência semanal depende do nível de aptidão física do praticante, para osiniciantes, 3 vezes por semana é suficiente segundo ACSM (AMERICAN COLLEGE SPORTSMEDICINE) (2000 apud GUEDES, 2003).Suas principais vantagens sobre a atividade aeróbia na perda de percentual de gordura seriamque, exercícios de intensidades elevadas produzem as maiores elevações no gasto energético após seutérmino, segundo Lee et al., 1999; Fasanmade, 1996; Osterberge et al. (2000 apud PULCINELLI eGENTIL, 2002). Após o exercício, o consumo de oxigênio permanece acima dos níveis de repouso porum determinado período de tempo, denotando maior gasto energético durante este período de acordocom Meirelles; Gomes (2004 apud GUILHERME e SOUZA JÚNIOR, 2006), acarretando em umaumento no gasto calórico diário. E pelo fato de o aumento da massa muscular proporcionar umamaior atividade metabólica no organismo, conseqüentemente aumentando a necessidade calórica emrepouso, e em Langohr e Carnaval (2003) o maior dispêndio do depósito subcutâneo de gordura,
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possivelmente estará inserido na demanda metabólica de repouso, onde a ressíntese do ATP(Adenosina Trifosfato) será assegurado pela oxidação de gorduras e carboidratos.Durante o treino resistido o organismo se utiliza predominantemente de duas vias metabólicaspara prover a energia necessária para os exercícios, são elas, a via anaeróbia alática, que atua por maisou menos 10 segundos, e tem como fonte de energia o ATP e CP (Creatina Fosfato). O ATP équebrado resultando em ADP (Adenosina difosfsato) + P, e o CP é quebrado resultando em umagrande quantidade de energia. O P (Fosfato) resultante dessa quebra se junta ao ADP resultando emuma nova molécula de ATP, sendo necessário de 3 a 5 minutos para se recompor essa via após aatividade.A via anaeróbia lática, que utiliza o glicogênio como substrato, desta forma, como mencionaBrooks 1998 e Mathews e Fox (1986 apud HANSEN, 2002), a energia necessária para reconstruirATP/CP vem principalmente da Glicose e Glicogênio, sendo este último desintegrado quimicamente,através de uma série de reações, tendo como conseqüência a produção de Ácido Lático, que étransportado rapidamente pelo sangue, onde é tamponado para formar lactato. Essa via é temporáriapelo fato da regeneração do ATP não acompanhar sua utilização diminuindo a capacidade de realizarexercícios o que limita este sistema de obtenção de energia. O tempo de recuperação dessa via variade 5 a 24 horas.E uma terceira via, a aeróbia oxidativa, que se caracteriza pela utilização do O2 para obtençãode energia, utilizando com principais substratos os carboidratos e as gorduras. Também chamada de Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs, essa via se caracteriza por ter3 grandes estágios. No primeiro as moléculas dos combustíveis orgânicos – glicose, ácidos graxos ealguns aminoácidos – são oxidadas para liberar fragmentos de dois átomos de carbono na forma de umgrupo acetil do acetil-CoA. No segundo, esses grupos acetil são introduzidos no ciclo do ácido cítrico,o qual os oxida enzimaticamente até CO2. A energia liberada pela oxidação é conservada nostransportadores de elétrons reduzidos, NADH e FADH2. No terceiro estágio da respiração, essascoenzimas reduzidas são oxidadas, desfazendo-se de prótons (H+) e elétrons. Os elétrons sãoconduzidos ao longo de uma cadeia de moléculas transportadoras de elétrons, conhecida como cadeiarespiratória, até o O2, o qual eles reduzem para formar H2O. Durante esse processo de transferência deelétrons, uma grande quantidade de energia é liberada e conservada na forma de ATP, por meio doprocesso chamado fosforilação oxidativa (LEHNINGER et al., 2002; McARDLE et al., 1998). Otempo necessário para a reposição do glicogênio muscular após exercícios contínuos é de 10 a 46horas Fox et al, (1989 apud HANSEN, 2002).
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Figura 1: Ciclo de KrebsFigura 1 – The Krebs Cycle: www.sparknotes.comPelo fato de o consumo de O2 se manter acima dos níveis normais após um treino comintensidades elevadas, que é uma característica do treinamento resistido, o organismo consumiria umamaior quantidade de gordura para repor os níveis energéticos que foram utilizados durante o treino,assim tendo como conseqüência uma diminuição no percentual de gordura corporal.MATERIAL E METODOLOGIAForam utilizados como 12 indivíduos do sexo feminino com idade de 68,82 ± 8,12 anos, queutilizaram o trabalho resistido como metodologia (3 series de 15-20repetições, e 1-2 minutos deintervalo, por um período de 2 meses), visando como parâmetros de avaliação diminuir o percentualde gordura corporal, mensurado por meio de adipômetro, por meio do protocolo proposto por Jackson& Pollock (1977).
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A escolha desse material se deu pelo fato de que todos os artigos seguem metodologiascientíficas, sendo este fato de grande relevância para uma conclusão mais fidedigna ao estudoproposto por esse artigo. Como todos os artigos apresentavam resultados referentes à pelo menos um grupo que tevecomo metodologia de pesquisa o treino resistido, obtendo como um dos resultados o percentual degordura pré e pós – treino, e pode-se comparar e verificar a alteração desse parâmetro em cada um dosgrupos.Trata-se de estudo descritivo experimental, quantificados como média ± desvio padrão dospercentuais de gordura pré e pós – treino, para verificação da diminuição ou não no percentual degordura pós – treino, com aplicação do teste t de studant, e o nível de significância estabelecido com p? 0,05.RESULTADOS E DISCUSSÃOFigura 2: Valores médios ± desvio padrão, onde mostra-se o percentual de gordura pré -treino e pós – treino.0102030405060PÓSPRÉ% GorduraCorporalFigura 1 – mostra os valores obtidos da média ± desvio padrão.Tabela 1: Mostra a Média ± desvio padrão dos kg de gordura.Pré – TreinoPós – Treino21,33 ± 2,12622,60 ± 3,25
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