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A busca da beleza!

A BUSCA DA BELEZA: APRECIE COM MODERAÇÃO!

Arthur Kaufman

 

            Se Vinicius de Moraes já dizia que a beleza é fundamental, quem haverá de contradizê-lo? A beleza faz bem para os cinco sentidos, e precisa ser buscada e cultivada por todos os sexos e todas as idades. Ela está também ligada à saúde: pessoas saudáveis são mais belas; pessoas feias freqüentemente têm sua vida emocional prejudicada pela aparência física.

            O problema começa quando se pensa que beleza física é tudo, quando se quer rivalizar com Afrodite e Adônis, deuses gregos da beleza. Quando se acredita que é vital ser “jovem e belo”, pois o contrário, isto é, “velho e feio” é sinal da morte, simbolizada pelo esquecimento social. A procura desesperada pela beleza pode levar ao desencadeamento de problemas emocionais e até doenças mentais naqueles que são psicologicamente mais frágeis.

            Se observarmos como a mídia retrata as mulheres, notamos que as bem-sucedidas de hoje são geralmente magras. Para ter o “corpo certo”, muitas delas se apegam e escravizam às indústrias da moda e da dieta, que criam o modelo ideal e depois propagandeiam e vendem este modelo para mulheres de todas as idades e níveis sócio-econômicos. E este trabalho não acaba, pois o padrão muda o tempo todo. Atualmente, o corpo da mulher “tem que ser” magro, sem pelos supérfluos, desodorizado, perfumado e bem vestido. A mulher que é gorda, portanto, será notada e criticada por isso, tornando-se vulnerável e sofrendo nítida desvantagem nos mercados profissional e amoroso. Entretanto, numa demonstração plena da sua ambivalência, a moral patriarcal tende, por outro lado, a estigmatizar a mulher magra e bonita como vaidosa, fútil, frívola, incompetente, a “bonita e burra”.

            Em relação aos homens, o problema é igualmente sério. Ao invés da obsessão pela magreza, como ocorre nas mulheres anoréxicas e bulímicas, eles perseguem o corpo forte, atlético, viril, símbolo de masculinidade e poder. E assim eles caem na vigorexia ou “complexo de Adônis”, onde não importam mais trabalho, amigos e amores, mas apenas a obsessão pelo corpo perfeito.

            É cada vez mais intenso o excesso que vem sendo dedicado ao exercício físico sem a necessária supervisão do profissional da Educação Física, sobretudo por pessoas que visam alcançar a “forma ideal”. Surgem continuamente novas publicações, sob a forma de revistas de fitness, revistas dedicadas a adolescentes, enfatizando as dietas e os exercícios praticados por artistas e modelos. Nos comerciais, então, só existe lugar para o ideal estético, para o corpo perfeito. Ao mesmo tempo, entretanto, assistimos à enorme expansão das redes de fast food, concomitante ao aumento da taxa de obesidade da população. A prevalência dos transtornos alimentares em pessoas jovens pode surgir desse conflito entre cultura e biologia, que alimenta a “cultura do narcisismo”. A existência do “peso ideal” e do “corpo ideal” é desencadeadora de depressão e de transtornos alimentares.

            Uma doença relativamente recente é a body dismorphic disorder (BDD) ou “dismorfofobia” ou “doença da feiúra imaginária”, que é a preocupação com um defeito imaginário na aparência física  (por exemplo um nariz largo, orelhas de abano ou genitais pequenos).

Os sintomas de BDD focalizam-se em diversas partes do corpo, mas 93% envolvem a face ou a cabeça: cabelo, nariz, pele, etc. Com raras exceções, todas as partes preocupantes do corpo parecem normais aos outros. Muitas preocupações são específicas – por exemplo um nariz grande, um lábio torto, uma cabeça com forma de ovo, ou cabelo ralo – mas outras são notavelmente vagas.

Os que sofrem dessa doença gastam muitas horas do dia ansiosos com seus “defeitos”, e alguns dizem que esta preocupação domina suas vidas, pois pensam sobre isso “o dia inteiro, todo dia”. Vários deles checam continuamente suas aparências em espelhos e outras faces refletoras, como pára-choques de carros e janelas de vitrines; outros evitam espelhos; muitos vivem questionando os outros sobre suas aparências. Grande parte deles tenta camuflar o defeito imaginário, deixando o cabelo longo para disfarçar uma barba “assimétrica”, estufando os calções para “aumentar” um pênis “pequeno”, ou armazenando chumaços de papel na boca para alargar um rosto “estreito”. Entretanto, tal comportamento pouco contribui para aliviar a ansiedade e desgosto destas pessoas.

Por tudo isso, buscar a beleza é saudável e fundamental, mas vale também aqui o famoso slogan: “Beleza física: aprecie com moderação!”

Exercícios de musculação melhoram andar de mulheres idosas

Fonte: Agência USP de Notícias

A prática da musculação faz com que o andar de mulheres idosas fique mais parecido com o das jovens. Os resultados de um estudo que foi recentemente publicado na revista britânica Clinical Biomechanics pode, provavelmente, valer também para homens. A pesquisa envolveu 14 mulheres com idade média de 61 anos. Elas melhoraram aspectos do andar relacionados ao risco de quedas, como a distância do dedão do pé ao chão.

O professor Carlos Ugrinowitsch, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, foi um dos orientadores do estudo de mestrado da fisioterapeuta Leslie Persche, realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e fez a maior parte das análises estatísticas. Leslie também foi orientada por André Rodacki, da UFPR e também recebeu a colaboração Gleber Pereira, da Universidade Positivo.

A pesquisa originou o projeto Efeitos de diferentes programas de atividade física em parâmetros relacionados ao risco de queda em idosos. A iniciativa une pesquisadores da USP, UFPR e Universidade Cruzeiro do Sul, e faz parte do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (PROCAD), que tem o objetivo de formar recursos humanos altamente qualificados.

Queda na velhice
Na velhice, o risco de quedas aumenta porque a pessoa passa a ter dificuldades de integrar as informações dos órgãos dos sentidos e perde muito da massa muscular. A perda, mais acentuadas nos músculos que controlam a postura, começa aos 30 anos, mas passa a ter efeitos sérios depois dos 60. Os músculos são formados por fibras tipo 1 e 2. Com o envelhecimentro, o corpo perde as fibras tipo 2, que se contraem mais rapidamente, geram mais força e resistem menos à fadiga. Sobram as fibras tipo 1, com características opostas. A gordura ocupa o lugar dos músculos.

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